Um miserável pecador salvo por Jesus Cristo!

terça-feira, 27 de junho de 2017

Posso ouvir música do mundo?

Posso ouvir música do mundo?
Renato Vargens

Lembro que no início da minha caminhada cristã fui ensinado que toda música que não fosse evangélica provinha do diabo. Com isso tive que jogar fora todos os meus discos (na época não existiam CDs).

Com o passar do tempo e com a maturidade cristã, entendi a doutrina da graça comum. Em virtude desta compreensão, voltei a ouvir algumas músicas ditas não evangélicas. Bom, antes que seja apedrejado pelos maniqueístas de plantão, é importante salientar  que Deus estabeleceu como ordem a graça comum e que esta é a fonte de toda, cultura, e virtude comum que encontramos entre os homens. Em outras palavras, isto significa que Deus em sua infinita graça fez com que o sol nascesse sobre o justo e o injusto, e mandasse chuva sobre o bom e o mau. Entre as bênçãos mais comuns que devem ser atribuídas a esta fonte, podemos enumerar a saúde, a prosperidade material, a inteligência em geral, os talentos para a arte, música, oratória, literatura, arquitetura, comércio, invenções e etc.

Talvez por ignorância, parte dos evangélicos em nome de Deus dicotomizaram a existência dualizando o mundo. Infelizmente fundamentados numa pseudo-espiritualidade, um número imensurável de cristãos tem ao longo dos anos avaliado como profano e imoral tudo aquilo que não brota dos arraiais evangélicos. Para estes, quem ouve musica do mundo ou vai ao teatro assistir uma peça, cede às tentações do diabo. Segundo esta perspectiva, a arte, a cultura e a música secular foram “divinamente satanizadas”.

Eu particularmente sou tocado com a musicalidade de Jobim, com o ritmo da bossa nova, com a voz de Luciano Pavarotti e Andrea Bocelli,  com a brasilidade de Gonzaguinha,  com a inteligência do Lenine, com o doce ritmo do baião nordestino, com a interpretação de Frank Sinatra e Elvis Presley, com as sinfonias de Bethoven, Bach e Mozart, com a música de Roberto Carlos, com a arte do Police, U2 , Dire Straits e tantos outros mais.

Meu amigo, as Escrituras não nos ensinam que ouvir música não cristã seja pecado. Alias, não consigo ver determinadas manifestações musicais ou culturais como satânicas ou malignas, antes pelo contrário, a multiforme manifestação cultural no ser humano, aponta diretamente para um Deus generoso que é o originador e dono da arte, música e cultura. 

Concluo esse texto incentivando aos irmãos a usarem de bom senso na escuta de qualquer tipo e estilo de música. O melhor parâmetro para isso é orientação de Paulo que disse "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas." (I Corintios 6:12)


Via:http://renatovargens.blogspot.com.br/2009/07/eu-ouco-musica-do-mundo.html

Maxon Nogueira
Soli Deo Gloria

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Confrontar é falta de amor?

Augustus Nicodemus Lopes
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Tornou-se comum evangélicos acusarem de falta de amor outros evangélicos que tomam posicionamentos firmes em questões éticas, doutrinárias e práticas. A discussão, o confronto e a exposição das posições de outros são consideradas como falta de amor.
É possível que no calor de uma argumentação, durante um debate, saiam palavras ou frases que poderiam ter sido ditas ou escritas de uma outra forma. A sabedoria reside em conhecer “o tempo e o modo” de dizer as coisas (Eclesiastes 8.5). Todos nós já experimentamos a frustração de descobrir que nem sempre conseguimos dizer as coisas da melhor maneira.
Todavia, não posso aceitar que seja falta de amor confrontar irmãos que entendemos não estarem andando na verdade, assim como Paulo confrontou Pedro, quando este deixou de andar de acordo com a verdade do Evangelho (Gálatas 2:11). Muitos vão dizer que essa atitude é arrogante e que ninguém é dono da verdade. Outros, contudo, entenderão que faz parte do chamamento bíblico examinar todas as coisas, reter o que é bom e rejeitar o que for falso, errado e injusto.
Considerar como falta de amor o discordar dos erros de alguém é desconhecer a natureza do amor bíblico. Amor e verdade andam juntos. Oséias reclamou que não havia nem amor nem verdade nos habitantes da terra em sua época (Oséias 4.1). Paulo pediu que os efésios seguissem a verdade em amor (Efésios 4.15) e aos tessalonicenses denunciou os que não recebiam o amor da verdade para serem salvos (2Tessalonicenses 2.10). Pedro afirma que a obediência à verdade purifica a alma e leva ao amor não fingido (1Pedro 1.22). João deseja que a verdade e o amor do Pai estejam com seus leitores (2João 3). Querer que a verdade predomine e lutar por isso não pode ser confundido com falta de amor para com os que ensinam o erro.
Apelar para o amor sempre encontra eco no coração dos evangélicos, mas falar de amor não é garantia de espiritualidade e de verdade. Tem quem se gabe de amar e que não leva uma vida reta diante de Deus. O profeta Ezequiel enfrentou um grupo desses. “... com a boca, professam muito amor, mas o coração só ambiciona lucro” (Ezequiel 33.31). O que ocorre é que às vezes a ênfase ao amor é simplesmente uma capa para acobertar uma conduta imoral ou irregular diante de Deus. Paulo criticou isso nos crentes de Corinto, que se gabavam de ser uma igreja espiritual, amorosa, ao mesmo tempo em que toleravam imoralidades em seu meio:
- “andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar, para que fosse tirado do vosso meio quem tamanho ultraje praticou? Não é boa a vossa jactância...” (1Co 5.2,6).
Tratava-se de um jovem “incluído” que dormia com sua madrasta. O discurso das igrejas que hoje toleram todo tipo de conduta irregular em seus membros é exatamente esse, de que são igrejas amorosas, que não condenam nem excluem ninguém.
Ninguém na Bíblia falou mais de amor do que o apóstolo João, conhecido por esse motivo como o “apóstolo do amor”. Ele disse que amava os crentes “na verdade” (2João 1; 3João 1), isto é, porque eles andavam na verdade. "Verdade" nas cartas de João tem um componente teológico e doutrinário. É o Evangelho em sua plenitude. João ama seus leitores porque eles, junto com o apóstolo, conhecem a verdade e andam nela. A verdade é a base do verdadeiro amor cristão. Nós amamos os irmãos porque professamos a mesma verdade sobre Deus e Cristo.
Todavia, eis o que o apóstolo do amor proferiu contra mestres e líderes evangélicos que haviam se desviado do caminho da verdade:
- “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1Jo 2.19).
- “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).
- “Aquele que pratica o pecado procede do diabo” (1Jo 3.8).
- “Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo” (1Jo 3.10).
- “todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1Jo 4.3).
- “... muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo... Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus... Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2Jo 7-1).
Poderíamos acusar João de falta de amor pela firmeza com que ele resiste ao erro teológico?
O amor que é cobrado pelos evangélicos sentimentalistas acaba se tornando a postura de quem não tem convicções. O amor bíblico disciplina, corrige, repreende, diz a verdade. E quando se vê diante do erro seguido de arrependimento e da contrição, perdoa, esquece, tolera, suporta. O Senhor Jesus, ao perdoar a mulher adúltera, acrescentou “vai e não peques mais”. O amor perdoa, mas cobra retidão. O Senhor pediu ao Pai que perdoasse seus algozes, que não sabiam o que faziam; todavia, durante a semana que antecedeu seu martírio não deixou de censurá-los, chamando-os de hipócritas, raça de víboras e filhos do inferno. Essa separação entre amor e verdade feita por alguns evangélicos torna o amor num mero sentimentalismo vazio.
Portanto, o amor cobrado pelos que se ofendem com a defesa da fé, a exposição do erro e o confronto da inverdade não é o amor bíblico. Falta de amor para com as pessoas seria deixar que elas continuassem a ser enganadas sem ao menos tentar mostrar o outro lado da questão.

Maxon Nogueira
Soli Deo Gloria

Nosso alicerce é Jesus Cristo, a rocha verdadeira.

Construir uma casa que tenha como alicerce o Senhorio de Jesus Cristo é fruto de sabedoria. No sermão do monte o Senhor Jesus nos diz de duas pessoas, o insensato e o prudente. Aquele que edificou sua casa sobre a areia logo quando chegou a tempestade e as dificuldades a sua ruína foi muito grande, sua casa desabou , diferentemente do homem sábio e prudente que construiu sua casa sobre a Rocha Verdadeira e quando as lutas, dificuldades e as tempestades chegaram o seu alicerce era sólido e consistente e sua casa permaneceu em pé, inabalável.
O homem sábio é totalmente diferente, ele tem sua base, sua vida e a gratidão apenas em Jesus Cristo, o insensato por se achar confiante e sem pensar no futuro pensa no hoje e agora confiando apenas em si mesmo.
As tempestades da vida vem para ambos os tipos de pessoas, prudentes e insensatos só que existe uma enorme diferença entre aquele que tem a Cristo como Senhor, que plenamente confia na força do seu poder e tem para com Ele eterna confiança, fé sólida e gratidão e sua casa não cai, por outro lado, o homem insensato age de forma ignorante sua queda é rápida.
Dois tipos de pessoas e duas formas diferentes de colocar em prática aquilo que o Senhor Jesus Cristo os tem dito.
O homem sábio mostra que com os seus atos ele leva a sério as palavras de Jesus e sua casa, sua vida é edificado sobre essa base ou alicerce forte, ele jamais será envergonhado, o homem insensato não faz nada disso e a consequência drástica é sua eminente queda e destruição.
Viver é o mesmo que edificar, seja um homem sábio edifique sua casa, sua vida sobre um alicerce que nunca falha, um alicerce que é poderoso e que nunca te deixará envergonhado, Jesus Cristo.
"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha. Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia.Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda".Mt7.24-27
Solus Chistus!

Maxon Nogueira